O Supremo Tribunal Federal (STF) ouviu, nesta quinta-feira (22), testemunhas indicadas pela defesa de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, no julgamento do Núcleo 1 da trama golpista. Quatro militares que trabalharam com o ex-ajudante de ordens, em algum momento, prestaram depoimento e negaram qualquer conversa sobre um golpe de Estado.
O principal depoimento do dia foi do general Júlio César Arruda, que comandava o Exército em 8 de janeiro. Ele disse que não permitiu a entrada da PMDF no QG do Exército naquela noite para que as prisões dos manifestantes bolsonaristas fossem feitas de forma “coordenada”. Mais de 1.400 pessoas só foram presas na manhã seguinte. Por ter se negado a cumprir a ordem de prisão imediata, o general foi demitido do posto de comando, poucas semanas depois, pelo presidente Lula.
Na sexta-feira (23) serão ouvidas as testemunhas de defesa de outros réus no Núcleo 1. Pela manhã, as de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e, à tarde, Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa durante o governo Bolsonaro.
As audiências do núcleo considerado o cabeça do golpe vão até o dia 2 de junho e mais de 80 pessoas devem ser ouvidas.
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