O mundo bateu recorde na perda de florestas em 2024, principalmente devido a incêndios. Foi a primeira vez que o fogo superou a agropecuária como o principal motivo de destruição de florestas tropicais primárias. No total, o planeta perdeu 6,7 milhões de hectares de florestas, uma área quase do tamanho do Panamá, o que equivale a cerca de 18 campos de futebol desaparecendo por minuto.
O Brasil, que possui mais florestas que qualquer outra nação do mundo, seguiu essa tendência, perdendo quase três milhões de hectares, ou 42% do total global no ano ado. Dois terços dessa destruição no Brasil foram causados pelo fogo, exacerbado por secas históricas e altas temperaturas. A Amazônia registrou a maior perda de árvores desde 2016, enquanto o Pantanal sofreu o maior dano em termos percentuais.
Globalmente, os incêndios queimaram cinco vezes mais florestas tropicais primárias em 2024 do que em 2023. Segundo a organização internacional WRI, responsável pelo levantamento, os incêndios não são comuns em florestas tropicais e, na maioria dos casos, são causados pela ação humana. Muitas vezes, eles começam com o uso do fogo na agricultura e se espalham descontroladamente para as matas próximas.
Apesar de as florestas se recuperarem após os incêndios, os efeitos das mudanças climáticas e o uso da terra para agricultura podem dificultar essa regeneração e aumentar o risco de incêndios futuros.
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