O Supremo Tribunal Federal (STF) ouve nesta quarta-feira (21) o depoimento do tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Júnior, ex-comandante da Aeronáutica. Ele foi indicado como testemunha de acusação no processo sobre a tentativa de golpe relativo ao núcleo 1, que reúne o ex-presidente Jair Bolsonaro e integrantes de cúpula do seu governo.
O testemunho de Baptista Júnior começou às 11h30, por videoconferência. Ele primeiro foi interrogado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, e, depois, pelos advogados de defesa. Ele foi convocado para depor por ter participado de reuniões em novembro de 2022 entre Jair Bolsonaro e os demais comandantes das Forças Armadas.
Batista disse que em uma dessas reuniões o ex-presidente apresentou uma minuta para decretar um estado de sítio no país, entre outras medidas golpistas. O militar disse a Gonet que se sentiu desconfortável com isso, porque o objetivo era claramente impedir a posse do presidente Lula. Disse também que eles discutiram meios de prender o ministro Alexandre de Moraes e outros integrantes do STF.
Confirmou, ainda, que Freire Gomes do Exército foi também contrário e ameaçou o ex-presidente Jair Bolsonaro de prisão, caso insistisse no assunto. Lembramos que em depoimento na última segunda-feira (19), Freire Gomes disse que apenas fez uma advertência ao ex-presidente. Quanto ao então comandante da Marinha, Almir Garnier, Batista disse que o almirante colocou as tropas à disposição de Jair Bolsonaro.
Nessa terça-feira (20), a primeira turma do STF, aceitou por unanimidade tornar réus nove militares do Exército e um policial federal do núcleo 3 da trama golpista. Confira na reportagem.
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