A ministra Vera Lúcia Santana Araújo, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), uma mulher negra, foi barrada na porta do edifício onde funciona o Centro Empresarial da Confederação Nacional do Comércio (CNC) em Brasília, onde daria uma palestra. O caso chocante de racismo explícito foi denunciado pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Carmen Lúcia, que é a atual presidente do TSE.
Vera Lúcia foi convidada para um seminário sobre Ética em gestão e enfrentamento de casos de discriminação, organizado pela Comissão de Ética da Presidência da República, mas acabou barrada na portaria do prédio onde aconteceria o evento. Ela foi impedida de entrar mesmo após apresentar carteira de ministra do TSE e mesmo tendo dito que seria uma das palestrantes.
Assessores dos organizadores precisaram ir até a portaria para que a doutora Vera Lúcia pudesse subir ao auditório onde era aguardada. Vera Lúcia também é advogada e ativista do movimento de mulheres negras. A ministra Carmen Lúcia, que atualmente preside o Tribunal Superior Eleitoral, comentou esse abuso.
“Racismo é crime, etarismo é discriminação, é inconstitucional, imoral, injusto qualquer tipo de destratamento em razão de qualquer critério que não seja o da dignidade da pessoa humana”, afirmou Carmen Lúcia.
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