Cantor, compositor e poeta, Nelson Sargento nasceu há exatos cem anos. Ele morreu aos 97, vítima de COVID-19, mas deixou um grande legado. Nelson Matias quase seguiu carreira militar, de onde vem o “Sargento” que ele adotou no nome. Mas o samba falou mais alto e ele acabou se tornando um sambista de altíssima patente da Mangueira.
Não podia ter sido diferente. Desde criança conviveu com a música, aprendeu a tocar violão com Cartola e Nelson Cavaquinho. O padastro, Alfredo Português, organizava rodas de samba no morro e foi quem ensinou Nelson a entender uma composição, um poema, a fazer rimas.
Nelson Sargento compôs mais de 400 músicas. E foi também um símbolo de resistência do samba, tantas vezes atacado. Em resposta a esse preconceito compôs Agonia, mas não morre, samba criado há mais de 50 anos e que foi gravado por vários intérpretes famosos.
O artista também se dedicou à pintura. São mais de 600 telas espalhadas pelos lugares mais diversos, inclusive no Palácio do Planalto.
Foi um porta-voz da arte popular, da cultura brasileira, do samba, da nossa música. Por isso, é um exemplo a ser seguido pelos bambas e por aqueles que ainda vão nascer na Mangueira e em outros terreiros do mundo do samba.
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