A Polícia Federal entregou ao Supremo Tribunal Federal (STF) novas provas que reforçam a participação direta de agentes de segurança na tentativa de golpe de Estado que visava impedir a posse do presidente Lula. O material foi extraído do computador funcional do policial Vladimir Soares, integrante de uma equipe de Operações Especiais.
Uma das principais evidências é um áudio em que Vladimir afirma que o grupo estava “armado com poder de fogo elevado” e “preparado para matar meio mundo”. Nas mensagens, ele relata frustração com o ex-presidente Jair Bolsonaro, a quem acusa de “dar para trás” por não contar com o apoio da cúpula das Forças Armadas. Ainda segundo Vladimir, Bolsonaro teria sido “traído pelo Exército”, o que teria inviabilizado o avanço do plano.
Os áudios agora fazem parte do inquérito que tramita no STF sobre a tentativa de golpe. A partir do envio das provas, as defesas dos investigados am a ter o ao conteúdo para se manifestarem formalmente durante o processo. As mensagens indicam que outros agentes de segurança também mantinham contato com Vladimir e discutiam ações coordenadas.
As declarações revelam a existência de uma rede organizada, com planejamento logístico e atuação estratégica de grupos armados dispostos a impedir a posse presidencial por meio da força. As investigações seguem em sigilo, mas novas diligências podem ser determinadas com base nas mensagens interceptadas.
O caso é um dos mais sensíveis em andamento no Supremo e envolve figuras-chave do núcleo bolsonarista. A inclusão desses novos áudios fortalece a tese da Procuradoria-Geral da República de que houve um esforço coordenado para desestabilizar a democracia e romper a ordem constitucional.
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