De vários pontos da Grande Vitória, no Espírito Santo, lá está ele: o imponente Convento da Penha, um dos santuários mais antigos do Brasil. Peculiar na singeleza e na sobriedade, o Convento da Penha foi um marco da arquitetura e da engenharia no período colonial brasileiro. O monumento foi tombado pelo Iphan, em 1943, como patrimônio histórico e cultural. Um importante ponto turístico e também um local de fé e contemplação.
Espaço de congregação da fé cristã, lugar de pedir, agradecer e celebrar, o monumento foi edificado em uma área conhecida como Prainha, em Vila Velha — local onde o donatário Vasco Fernandes Coutinho chegou em 1535 para colonizar as terras capixabas.
O Santuário de Nossa Senhora da Penha é um conjunto arquitetônico fundado por Pedro Palácios, um frade espanhol que se estabeleceu nas terras capixabas em 1558. Suas edificações são de épocas diferentes e foram erguidas ao longo de mais de 100 anos.
Cravado em um penhasco a 154 metros de altitude, com vista para o mar e para uma faixa generosa da Mata Atlântica, o convento atrai devotos e turistas o ano inteiro, especialmente durante as festas de Nossa Senhora da Penha. Os fiéis sobem o íngreme caminho até o topo da edificação a pé, em um momento de reflexão, silêncio e oração.
Dentro do convento, pinturas e esculturas sacras. Na parte externa, ruínas de um triste capítulo da colonização: uma antiga senzala e a desconcertante memória da escravidão. Tanto indígenas quanto africanos escravizados foram as mãos que, de fato, construíram um dos pontos turísticos mais emblemáticos do estado capixaba.
A reportagem é da TVE do Espírito Santo, emissora da Rede Nacional de Comunicação Pública.
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