As denúncias de racismo contra crianças e adolescentes de 11 a 17 anos aumentaram 34,69% no primeiro trimestre de 2025, em comparação com o mesmo período do ano ado. O levantamento foi feito pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) a pedido da TV Brasil com base em dados do Disque 100.
Há menos de um mês, um shopping em Higienópolis, bairro nobre da região central da capital paulista, foi alvo de um protesto. O motivo foi a abordagem racista sofrida por dois estudantes feita por seguranças do local.
Na semana ada, na mesma região, uma estudante foi encontrada no banheiro do Colégio Mackenzie com um saco na cabeça e um fio enrolado no pescoço. Ela relatou que, ao longo do ano ado, sofreu bullying e racismo por parte dos colegas. A mãe diz que não conseguiu apoio da escola para resolver a situação.
Infelizmente, as situações não são isoladas. A pedido da TV Brasil, o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania fez um levantamento dos casos de racismo contra crianças e adolescentes a partir dos dados do Disque 100. Nos casos das violações, quando a situação é avaliada e encaminhada para providências, foram 1.742 casos em 2024, um crescimento de praticamente 35% em comparação com 2023.
Nos três primeiros meses deste ano, os dados mostram um aumento de 35% nas denúncias de racismo contra crianças e adolescentes em comparação com o período de janeiro a março do ano ado.
“Os adolescentes, qualquer pessoa que e por uma situação de racismo, devem procurar a Delegacia de Polícia, devem lavrar um BO, devem acompanhar o inquérito policial relacionado a esse crime, cumprindo tudo que o delegado de polícia ou a autoridade policial pedir em termos de depoimento, para que essa investigação possa levar, eventualmente, à reparação desse crime”, explica a defensora pública Cecília Soares.
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