Em entrevista ao programa "Bom Dia, Ministro", da EBC, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou o recente aumento da taxa básica de juros, que agora está em 14,5% ao ano. A nova taxa foi anunciada ontem pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Haddad explicou que essa elevação foi uma decisão contratada no ado, quando o Banco Central ainda estava sob a presidência de Roberto Campos Neto. Ele destacou que não seria apropriado para um novo presidente do Banco Central fazer mudanças drásticas logo após assumir o cargo, considerando a delicadeza da situação.
Sobre o projeto de lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês, o ministro expressou confiança de que o governo não enfrentará dificuldades para aprová-lo no Congresso Nacional. "Com toda a tranquilidade, nós vamos aprovar, porque tenho certeza de que mesmo a extrema direita não terá argumentos para não aprovar essa medida", afirmou Haddad, ressaltando que é difícil imaginar alguém da extrema direita justificando a cobrança de imposto de renda de quem ganha até R$ 5 mil.
Haddad também rebateu críticas de que o projeto foi elaborado às pressas. Ele explicou que a proposta estava sendo estudada há mais de um ano e que já deveria ter sido enviada ao Congresso no final do ano ado. No entanto, o presidente Lula decidiu adiar o envio devido a questões relacionadas a um dispositivo específico do projeto, que precisou ser revisado. O ministro afirmou que a proposta ficou pronta em fevereiro e foi enviada após as eleições das mesas diretoras do Congresso.
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