Uma pesquisa da Universidade Federal Fluminense (UFF) identificou a presença de organismos invasores que podem estar utilizando o lixo nos oceanos para se espalhar por diferentes áreas do litoral brasileiro. Na Baía de Guanabara, na região metropolitana do Rio de Janeiro, foi encontrado o mexilhão verde, uma espécie invasora nativa da Ásia, que pode ter chegado ao Brasil pelos cascos de navios e pelo lixo trazido pelas correntes marítimas.
O estudo visa entender quais são os vetores que trazem essas espécies invasoras. O pesquisador responsável explica que o mexilhão verde é muito semelhante a outra espécie já cultivada na região para consumo humano, o mexilhão marrom. Essa competição entre as espécies pode causar sérios problemas econômicos, ecológicos e sociais, além de trazer patógenos que podem impactar a saúde da população.
O plástico, especialmente em formato cilíndrico, como garrafas PET, facilita a chegada dessas espécies invasoras, que se encrustam nesses resíduos. Elas conseguem percorrer longas distâncias, e a maior parte desse lixo não tem origem local, sendo trazida pela maré. Os pesquisadores agora buscam identificar as possíveis rotas de bioinvasão, já que, uma vez que esses organismos chegam ao Brasil, eles também podem se espalhar para outras regiões.
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