O Paraguai convocou o embaixador do Brasil no país para explicar o suposto caso de espionagem realizado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sobre negociações envolvendo a usina de Itaipu.
O governo paraguaio suspendeu temporariamente todas as negociações relacionadas ao anexo C do Tratado de Itaipu, até que o Brasil esclareça essa suposta ação de inteligência. Esse anexo faz parte de um acordo assinado em 1973, que permite o aproveitamento hidrelétrico de trecho do Rio Paraná pelos dois países.
Nesta terça-feira (1/4) o chanceler do Paraguai, Rubén Ramírez Lescano, anunciou que o Ministério das Relações Exteriores do país iniciou uma investigação sobre a suposta espionagem feita pela Abin. O embaixador do Brasil naquele país, José Antônio Marcondes, recebeu um pedido formal de explicações. O representante do país vizinho no Brasil também foi convocado para informar sobre aspectos relacionados à atuação de inteligência em assuntos relacionados ao Paraguai.
Em nota, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva desmentiu categoricamente qualquer envolvimento na ação. Segundo o Itamaraty, a citada operação teria sido autorizada pelo governo anterior, em junho de 2022, e tornada sem efeito pelo diretor interino da Abin no dia 27 de março de 2023, tão logo a atual gestão tomou conhecimento do fato. O governo brasileiro reiterou o compromisso com o respeito e o diálogo transparente com o Paraguai e com todos os seus parceiros na região e no mundo.
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