O Ministério Público de São Paulo abriu investigação para apurar possíveis irregularidades na concessão do Parque Ibirapuera à iniciativa privada. A promotoria apura denúncias sobre a construção de edifícios comerciais dentro da área tombada e sobre o uso dos espaços públicos por empresários.
Segundo o MP, a concessionária Urbia teria transformado o parque, que é público, em uma espécie de shopping a céu aberto. Embora a entrada continue gratuita, há relatos de serviços pagos e da cobrança de taxas para atividades como corridas em grupo. Para o órgão, essa cobrança é considerada ilegal.
O Parque Ibirapuera foi concedido à iniciativa privada em 2019. A Construcap, empresa responsável pela Urbia, pagou R$ 70,5 milhões pelos 35 anos de concessão. A empresa nega as acusações e afirma que já protocolou sua defesa, destacando que todas as obrigações estão previstas no contrato de concessão.
A Urbia defende que houve uma mudança na lógica de gestão do parque, que agora não depende mais de recursos públicos para custeio e investimentos. As intervenções e restaurações do patrimônio tombado, segundo a empresa, estão sendo feitas com recursos próprios.
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