Menos de 48 horas após a detecção da gripe aviária no Sul do Brasil, o Ministério da Agricultura adotou providências sanitárias de acordo com os protocolos internacionais. As autoridades afirmaram que o consumo de carne e ovos não oferece risco para a população.
Cinco países e a União Europeia já confirmaram a suspensão da compra de aves brasileiras. O comércio está suspenso com Argentina, Uruguai, Chile, México e China. Essa suspensão ocorreu após a confirmação do foco da gripe aviária H5N1 em uma granja localizada em Montenegro, no Rio Grande do Sul.
A interrupção das compras faz parte dos protocolos internacionais que visam evitar o alastramento de doenças entre animais de diferentes países. O Ministério da Agricultura ressaltou que, como o Brasil é o maior exportador de aves do mundo, medidas de contenção e erradicação do foco da doença foram implementadas imediatamente. Além disso, o ministério mantém contato com as cadeias produtivas, com a Organização Mundial de Saúde Animal e com os ministérios da Saúde e do Meio Ambiente dos parceiros comerciais.
Embora o risco para os plantéis de aves brasileiras seja considerado grande, o risco para a população é praticamente nulo. O pesquisador da Embrapa Luizinho Caron explica que os poucos casos de infecções em humanos ocorreram devido à exposição direta a aves doentes, sem proteção adequada, geralmente em ambientes de fundo de quintal.
O Ministério da Agricultura também esclareceu que os ovos para incubação fornecidos pela granja onde ocorreu o foco de gripe aviária já foram rastreados. O destino desses ovos incluía os estados de Minas Gerais, Paraná e outras localidades no Rio Grande do Sul. O ministério já orientou a destruição desses ovos para eliminar qualquer risco de contaminação.
O Japão, que também importa produtos das granjas brasileiras, suspendeu a importação de itens, mas apenas para aqueles produzidos nas proximidades do município de Montenegro.
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