A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (29), mais uma fase da operação que investiga suspeitas de vazamentos e venda de decisões em gabinetes do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O objetivo dessa ação é aprofundar a investigação sobre os crimes de corrupção judiciária e lavagem de dinheiro.
Faz pelo menos seis meses que a Polícia Federal vem deflagrando operações para desvendar esse esquema de corrupção dentro do Judiciário de Mato Grosso e também no Superior Tribunal de Justiça, em Brasília. Isso tem a ver com venda de sentenças por valores milionários, lavagem de dinheiro para ocultar esses crimes e até planos para ass autoridades.
Na operação de hoje, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão e algumas ordens judiciais, uma delas contra o juiz Ivan Lúcio Amarante, da 2ª Vara da Comarca de Vila Rica, em Mato Grosso.
Ele foi afastado das funções públicas, teve R$ 30 milhões em bens e valores bloqueados e o aporte recolhido pelos agentes. A suspeita da PF é que o juiz recebeu vantagens indevidas — propina mesmo — para decidir causas que beneficiavam o advogado Roberto Zampiere, assassinado a tiros em dezembro de 2023, em frente ao próprio escritório, em Cuiabá.
Esse caso teve repercussão nacional e foi por conta dessa morte que o esquema criminoso foi descoberto e ou a ser investigado.
Na quarta-feira, em uma fase anterior, a PF prendeu cinco pessoas envolvidas nesse assassinato e suspeitas de integrar um grupo criminoso que realizava espionagem e homicídios por encomenda. Eles tinham até uma tabela de valores e chegavam a cobrar R$ 250 mil para matar um ministro do STF, por exemplo.
Então, é uma investigação robusta, que envolve gente graúda, incluindo juízes, desembargadores, servidores do Judiciário, lobistas e empresários.
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