Hoje (29), o IBGE completa 89 anos. O instituto é responsável por levantar os dados que ajudam a conhecer e planejar o Brasil. Em comemoração a essas quase nove décadas, está havendo uma celebração em Brasília. O evento ocorre na reserva ecológica do IBGE, que tem 1,4 mil hectares de mata nativa do Cerrado, onde são feitas pesquisas e o monitoramento da biodiversidade.
O IBGE está mais presente na vida e no dia a dia das pessoas do que elas imaginam. É ele que ajuda a contar quantas escolas são necessárias em uma cidade, quantos ônibus devem circular na região, por exemplo. E cada número que entra no sistema vira base para direcionar políticas públicas.
“Nós falamos sobre preços, inflação, nós falamos sobre nível de atividade, da economia, da contabilidade nacional, o produto interno bruto, entre tantas outras, o Censo Demográfico, mas nós precisamos também falar sobre questões, hoje, que são muito importantes para a sociedade brasileira, como, por exemplo, os postos de trabalhos que estão vinculados às redes sociais monetizadas. Jovens que estão já encontrando uma nova ocupação. Nós vamos falar também do processo de envelhecimento do Brasil, que é algo novo. É um processo em que a população com mais idade a a ser mais importante no total da população, reduzindo a presença de jovens e crianças. Isso tem impacto na educação e na saúde”, destaca Marcio Pochmann, presidente do IBGE.
Desde 1936, o IBGE segue uma missão: contar o Brasil de ponta a ponta. Nesses 89 anos, gente do instituto já cruzou rios, florestas e estradas para coletar dados direto com a população. Em 2022, pela primeira vez, o censo incluiu um retrato detalhado de comunidades tradicionais. Foi assim que o Brasil ou a ter uma base mais precisa sobre os povos indígenas. Também ficou sabendo quem são e onde vivem os quilombolas e a realidade dos ribeirinhos – comunidades que vivem às margens dos rios e que, até então, quase não apareciam nas estatísticas. Nos centros urbanos, é o IBGE que traça o perfil da população: quantos somos, como vivemos e como o Brasil segue mudando.
“Então, são questões que nos desafiam e exigem repensar a forma de trabalho, porque o IBGE foi constituído num período de expansão da indústria, da urbanização e, hoje, nós estamos numa outra realidade, uma realidade, inclusive, que coloca para o Brasil uma condição inédita. Então, isso tudo está nos estimulando muito a nos preparar melhor para atender o povo brasileiro, a sociedade”, explica Pochmann.
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