Mais um dia de tensão no processo de desocupação da favela do Moinho, na região central da capital paulista. A remoção das famílias do local tem gerado protestos e intervenções da Polícia Militar. Por causa disso, o governo federal decidiu paralisar o processo de cessão da área onde fica a favela.
Hoje (14) pela manhã, um grande contingente policial já estava na favela e abordava moradores. Ontem (13), eles fizeram um novo protesto contra as desocupações e demolições de casas já desocupadas e foram reprimidos pela Polícia Militar. Duas deputadas do PSOL, que estavam lá para ouvir as demandas da comunidade, tentaram conversar com a polícia, mas foram impedidas por bombas de gás.
Diante do ime e das denúncias de violências, o governo federal, que é o dono do terreno, decidiu interromper a cessão. O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) informou que o processo estava condicionado a uma negociação transparente com a comunidade.
O governo de São Paulo quer transformar o local em um parque e uma estação de trens. A Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitacional afirma que 90% das 800 famílias aceitaram a proposta e que 181 já se mudaram, mas não há acordo com todos os moradores.
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