Um estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) aponta que quase 11 milhões de brasileiros tem sintomas de dependência em jogos e apostas. Os adolescentes e as pessoas de baixa renda estão entre os grupos mais afetados. A repórter Sarah Quines trouxe os detalhes da pesquisa.
O estudo mostra que 1,4 milhão de pessoas já desenvolveram transtorno de jogo com prejuízos pessoais e financeiros por conta das apostas. A pesquisa considerou tanto jogos tradicionais como loteria, jogo do bicho, como as plataformas digitais, as chamadas BETs, que já são a segunda modalidade de jogo mais comum no país, com 9,13 milhões de apostadores online.
E é justamente entre os apostadores de BETs que o risco de desenvolver algum problema de vício em jogo é maior. O risco é de 67% para esses usuários, enquanto nas outras modalidades o risco é de 27%.
E tem dois grupos que estão especialmente mais vulneráveis: o de pessoas que ganham até um salário mínimo e o dos adolescentes.
Os pesquisadores recomendam medidas mais rigorosas de regulação e fiscalização, a inclusão de alertas sobre os possíveis riscos causados pelos jogos e também o que as operadoras de apostas financiem os tratamentos e apoio aos afetados.
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