Claren Elias, CEO da consultoria Dediq Hub, teve certeza de que as mulheres ganham menos que os homens quando chegou a um cargo de liderança. Ao ter o às informações sobre salários, viu que suas colegas recebiam bem menos que os homens que exerciam a mesma função. Foi quando percebeu que as diferenças salariais eram reflexo do preconceito de gênero
“Como, por vezes, o espaço de voz, o espaço de entrega, o espaço de exposição também para apresentações, contato com a alta liderança, era muito . Sendo que, para outros pares de trabalho, era muito mais fácil. Eles não precisavam fazer tanto esforço para conseguir criar esse espaço. Eu realmente criei consciência dessa situação no mercado quando me tornei líder”, relembra Claren.
O Relatório de Transparência e Igualdade Salarial de 2024, do Ministério do Trabalho, analisou 19 milhões de empregos, em mais de 53 mil estabelecimentos com cem ou mais empregos. O estudo mostrou que, na média, os homens recebem R$ 4.745,53 — quase R$ 1.000 a mais que as mulheres, cuja remuneração é de R$ 3.755,01. Entre as mulheres negras, o valor é ainda menor: R$ 2.864,39.
Nos cargos de liderança, a diferença salarial é maior, com mulheres recebendo 26,8% a menos do que os homens.
“A participação das mulheres é uma participação que pode crescer e fazer a economia girar mais. Porque as mulheres estão sempre preocupadas com a situação dos filhos, preocupadas com a situação da família. E isso gera impacto social importante na circulação de recursos”, afirma Paula Montagner, subsecretária do Ministério do Trabalho
Para Rachel Rua, especialista em Gênero e Mercado de Trabalho , o combate à desigualdade salarial a por ações concretas dentro das empresas. É preciso mudar a cultura que reforça o preconceito de gênero.
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