O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi disse, nesta segunda-feira (28), que realmente houve uma demora, por parte do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), na hora de apurar as denúncias com descontos irregulares nas aposentadorias e pensões.
Segundo o ministro, ele pediu que a instituição apurasse as denúncias e que isso "levou tempo demais". As primeiras denúncias teriam sido apresentadas em 2023.
Lupi disse ainda que demitiu o diretor de Benefícios, colocou regras para os descontos e abriu uma auditoria interna no INSS. A afirmação foi feita hoje na abertura da primeira reunião do Conselho do INSS, após denúncias de irregularidades no pagamento de beneficiários e pensionistas.
Os conselheiros pediram apuração e uma reavaliação em relação ao bloqueio dos pagamentos para as instituições que não foram citadas na investigação. Lupi respondeu que compete à Polícia Federal e à CGU concluírem o relatório final para que seja possível separar o joio do trigo, ou seja, avaliar a legalidade dos descontos e dos rees.
Desde a semana ada, o INSS suspendeu os rees e está fazendo uma auditoria junto com a CGU para calcular o valor exato do rombo e traçar um plano para devolver os valores aos aposentados.
A suspeita inicial é de R$ 6,3 bilhões desviados de 2019 a 2024, sem autorização dos aposentados e pensionistas, indicando que o esquema teve início ainda em gestões adas.
Depois da exoneração do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, Carlos Lupi agora será ouvido pela Comissão de Previdência da Câmara. Inclusive, já confirmou presença, mas adiantou hoje que não pode ser responsabilizado por erros de terceiros.
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