Nessa véspera de feriadão, o Repórter Brasil te convida a embarcar na Baía de Vitória. Além da paisagem, nosso eio traz história da cidade que é uma joia do litoral brasileiro.
Nosso eio é a bordo do Grilo 8, comandado pelo capitão Rogério — mais conhecido como Grilo — e pelo filho dele, o Juan. Quem nos acompanha é o professor Luiz Fernando, do IFES de Cariacica.
Vamos começar por Vila Velha, a primeira capital do Espírito Santo. Do mar, avistamos o Farol de Santa Luzia. “Esse farol já vem aí no... no Segundo Império, né? Dom Pedro II. Foi construído no final do século XIX. E a grande importância dele é que consolidou a oportunidade de Vitória, com o porto voltado ao comércio exterior, garantindo a segurança da navegação”, explica o professor.
ando por ilhotas, iramos de longe a terra, o píer dos pescadores da Enseada do Suá, a beira do mar de Jesus de Nazaré, e as cores das casas e dos comércios dali. Chegamos à parte de trás da Ilha da Fumaça. Como o Espírito Santo só foi ter ligações terrestres no final dos anos 50, início dos anos 60, o abastecimento da cidade se fazia todo pela via marítima.
Do outro lado, um local conhecido por ter sido um presídio. Mas antes, era outra coisa: foi construído para ser a casa de agem dos imigrantes europeus que vieram para a colonização do Espírito Santo. De acordo com Luiz Fernando, como esses migrantes tinham que fazer quarentena — ou seja, um tempo de observação para verificar se traziam doenças — ficavam ali hospedados antes de subirem o rio Santa Maria para dar início à colonização,
O Saldanha foi um robusto forte... Forte mesmo! O Forte de São João foi altamente estratégico, pois, na época, já tinham descoberto as minas de ouro, lá em Minas Gerais, por volta de 1680.
Não podia faltar, é claro, ele: o Penedo. Um monumento histórico e natural, coladinho à Vitória. Outro marco — só que artificial — é o ponto onde avistamos o Palácio Anchieta, com sua escadaria. “Era a Casa do Imperador. Foi aqui que o imperador fez a primeira visita à província e desembarcou, em 1860 e poucos...Já ao final do século XIX”, conta o professor.
Também dá para ver do porto os armazéns foram construídos para a ampliação do próprio porto, na década de 1920, mas que só começaram a funcionar de fato em meados dos anos 1940.
amos pela ponte Florentino Avidos, quase centenária. E pela Segunda Ponte, construída quase 50 anos depois da primeira. Logo avistamos Cariacica. Tem Santo Antônio, e a Basílica de Santo Antônio. Olha que beleza! E ali, o primeiro aeroporto de Vitória, inaugurado em 1939. Hoje, está jogado às traças.
Por fim chegamos à ilha das Caieiras, que mesmo com um novo píer, não perde suas raízes e identidade, que a comunidade faz questão de manter. “Conseguiram manterseus conhecimentos ancestrais ligados à moqueca, ao desfiadeiro de siris, à cata do caranguejo — ou seja, vivem da vida do mar”, explica o Luiz Fernando.
Essa rota já foi feita pelo professor Luiz Fernando com a comunidade. Faz parte do projeto “Baía de Vitória: outras margens possíveis”.
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