A ofensiva israelense na Faixa de Gaza já causou a morte de mais de 50 mil palestinos e deixou o território completamente destruído. Além disso, os bombardeios causaram ferimentos graves a milhares de pessoas, incluindo crianças. Muitos tiveram que amputar membros, e a nova vida é ainda mais difícil pela dificuldade em conseguir tratamentos adequados.
Farah Abu Qainas queria ser professora, mas o sonho foi interrompido — ou adiado — por causa da guerra. "Eu estava em casa quando fui atingida. Ao chegar ao hospital, eu percebi que havia alguma coisa errada com minha perna”, conta a jovem. Farah precisou amputar a perna esquerda e agora é uma das 1.800 pessoas que fazem reabilitação em centros da Cruz Vermelha em Gaza enquanto esperam uma prótese.
"Gostaria de poder voltar à minha vida, como antes... Andar, concluir meus estudos e voltar à minha vida profissional”, afirma Farah.
Segundo as Nações Unidas, estima-se que 4.500 palestinos na Faixa de Gaza precisam de prótese. E outros dois mil, que também são amputados e já possuem o dispositivo, precisam de manutenção para o equipamento. Além disso, outros milhares de palestinos sofreram lesões na coluna vertebral ou perderam audição ou visão por causa dos ataques.
Nem as crianças foram poupadas. De acordo com o Escritório Palestino de Estatísticas, ao menos sete mil crianças tiveram ferimentos graves. Shaza Hamdan, de 7 anos, levou um tiro na perna quando andava na rua com o pai, que também foi atingido no ombro. Por causa do ferimento, fez duas cirurgias e perdeu a perna. Agora, diz que a vida piorou. “Antes eu era calma, brincava e fazia tudo. Agora parei de fazer as coisas e ando com muletas”, relata a pequena.
“A vida antes era boa, mas agora é muito difícil. Ela diz que sente dores nas mãos e na perna. Se Deus quiser, ela vai conseguir uma prótese, viajar e construir seu futuro como as outras crianças”, espera a mãe de Shaza
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