Vitória Pereira, aluna do primeiro ano de uma escola estadual, afirma que viveu de perto a dor de uma amiga que sofria bullying quase todos os dias. “Faziam alguma piadinha, faziam algum xingamento em relação ao peso dela”, conta.
O tema foi trabalhado entre os alunos em disciplinas que já fazem parte da grade escolar, e eles conseguiram identificar pontos importantes. “A gente queria saber quem eram as pessoas propensas a sofrer bullying e as que estavam propensas a praticar o bullying. E a gente fez palestras com psicólogos para entender esses comportamentos e aplicamos um questionário perguntando: você já sofreu bullying? Qual a sua cor? Você já fez bullying?”, explica a aluna Juliana Fernandes.
Juliana e Vitória são alunas da Escola Estadual de Tempo Integral Visconde do Rio Branco. “A escola, ela precisa ser um local seguro, acima de tudo, acolhedor. E quando é que você se sente acolhido? Quando sente que é respeitado e que pode ser quem deseja ser”, afirma a diretora Alnedi Costa Lima.
A pesquisadora Lis de Maria afirma que os esforços para afastarem os jovens das redes ainda são muito pouco perto dos riscos que elas oferecem. “É preciso a gente falar hoje não mais de bullying, mas em cyberbullying. Essa área ela vai traz uma grande preocupação para a sociedade. É um alerta para a gente pensar de que modo a gente está vivendo, os limites e os papéis de cada um: o que cabe à escola, à sociedade, ao governo, aos municípios e às famílias nesse processo.”
Especialistas ressaltam que a exposição excessiva de crianças e adolescentes às telas — e, consequentemente, às redes sociais — representa um perigo real. O meio digital abre um leque de possibilidades, incluindo armadilhas e gatilhos. Situações para as quais os jovens ainda não têm maturidade emocional.
Por isso, os pilares da educação — família, escola e os grupos sociais dos quais os jovens fazem parte — precisam estar alinhados. “A gente precisa guiar, precisa acompanhar, ter um momento onde você conversa sobre o uso de redes, saber o que o que está buscando, quem são os ídolos que ele acompanha no YouTube. Nossos jovens não os mesmos e a gente tem que reformar, a gente tem que se reconstruir e entender como é que a gente agora istra uma educação que seja voltada para o que eles precisam”, conclui a psicóloga Fabiana Vasconcelos
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