Elis Regina estaria completando hoje 80 anos. Elis foi uma das maiores intérpretes da música brasileira.
Ela morreu jovem com apenas 36 anos, mas deixou um legado imenso, inigualável, como só as grandes divas são capazes.
Elis Regina era uma cantora com uma habilidade vocal e uma intuição musical que só grandes artistas possuem. Uma intérprete rara. Poderia transmitir num determinado momento um tom dramático a uma canção. Ou se preciso fosse manifestar imensa alegria.
Era carismática, instintiva, dona de um magnetismo sem igual. Apresentou-se a primeira vez com 11 anos, caloura numa emissora gaúcha.
Em 1961, com 16 anos, veio ao Rio de Janeiro e gravou o primeiro disco, Viva a Brotolândia. Em 1964, mudou-se de vez. Encontrou no Rio, num dos redutos musicais mais importantes da época, o Beco das Garrafas. Os artistas que estavam transformando o samba e a bossa nova em um outro estilo, a MPB.
ou a se apresentar nos grandes palcos, gravou os nossos melhores compositores. Fez parcerias, viajou do mês no exterior. Na década de 1970, atingiu uma maturidade musical que lhe permitiu cantar um repertório diversificado.
Dialogou com várias tendências. Elis conviveu com um dos momentos mais difíceis do Brasil, a ditadura militar. Uma das músicas mais significativas da época, o Bêbado e a Equilibrista, de João Bosco e Aldir Blanqui, se tornou uma espécie de hino da anistia. Elies morreu jovem, com apenas 36 anos.
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