Do mesmo jeito que os preços sobem por causa da inflação, o imposto que a gente paga sobre o que ganha também deveria ser corrigido por ela. O lugar dessa conta é a tabela do Imposto de Renda, que não a por uma atualização desde 1996. Essa defasagem está acumulada em mais de 150%.Por causa disso, hoje cerca de 15 milhões de pessoas recolhem o Imposto de Renda sem precisar. São aquelas que ganham até R$ 5 mil por mês.
A faixa maior de isenção também vai beneficiar quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7mil por mês. Pela proposta do governo, quem ganha R$ 5.500 teria um desconto de 75%, quem ganha R$ 6 mil teria 50% e quem recebe R$ 6.500 teria 25%.
Hoje, essa defasagem prejudica mais quem ganha menos. Por exemplo, quem tem um salário acima de R$ 7 mil por mês paga mais de R$ 900 de Imposto de Renda, ou seja, mais de 640% a mais do que deveria. Já quem ganha R$ 10 mil paga mais de 240% a mais, enquanto quem recebe acima de R$ 100 mil paga um pouco menos que 6% a mais.
O governo já fez pequenas atualizações na tabela do Imposto de Renda agora para 2025, mas, para compensar essa perda acumulada em quase 20 anos e isentar quem ganha até R$ 5.000,00 por mês, teria que abrir mão de uma arrecadação de R$ 27 bilhões ao ano. Segundo o Ministério da Fazenda, para compensar essa perda e fechar a conta, o governo propõe taxar os mais ricos, aqueles que ganham mais de R$ 50 mil por mês.
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