O Repórter Brasil inicia hoje (6) uma série de reportagens sobre a importância das cidades na crise climática. As cidades são determinantes nas mudanças do clima, especialmente por meio de ações para reduzir a emissão de gases de efeito estufa. A TV Paraná Educativa, emissora da Rede Nacional de Comunicação Pública, destaca que, em Curitiba, algumas medidas já foram implementadas. A meta é que 33% da frota de ônibus da capital paranaense seja composta por veículos de zero emissões até 2030.
Ondas de calor, secas severas e eventos climáticos extremos estão se tornando cada vez mais frequentes. O ano de 2024 terminou como o mais quente já registrado na história, com a temperatura global cerca de um grau e meio acima da média, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial. No Brasil, chuvas intensas devastaram o Rio Grande do Sul, resultando em uma das maiores catástrofes climáticas do país. Incêndios na Amazônia, no cerrado e no Pantanal também afetaram milhões de pessoas, animais e o meio ambiente. A tendência não é de melhora.
Nesse contexto, o papel das cidades na crise climática e a necessidade de mudança e adaptação se tornam evidentes. Apesar de ocuparem menos de 5% da superfície terrestre, as cidades são responsáveis por mais de 75% das emissões de gases de efeito estufa, especialmente devido à construção civil, geração de energia e transporte. O pesquisador do Simepar, Reinaldo Silveira, afirma que um dos impactos das mudanças climáticas é o aumento de doenças, enfermidades e pragas. O aumento da temperatura, de maneira geral, eleva o número de vetores para doenças conhecidas, além de trazer extremos de frio e calor, especialmente na região sul do país.
Curitiba, a cidade mais populosa do estado, conta com cerca de 1,8 milhão de habitantes, e na região metropolitana vivem mais de 3,6 milhões de pessoas. Segundo pesquisadores, as regiões metropolitanas com maiores aglomerações urbanas são também as que registraram o maior número de eventos climáticos extremos entre 1980 e 2024. Para mudar esse cenário, não existem soluções milagrosas; é necessário o envolvimento de gestores públicos, empresas privadas e da população. A preservação de áreas verdes, a troca de informações e a coleta de lixo são ações essenciais. Além disso, a criação de parques urbanos e a redução do transporte individual são possibilidades que podem contribuir para a mitigação dos impactos climáticos.
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