Hoje (27), no Rio de Janeiro, foi realizado um ato político em memória do ex-deputado Rubens Paiva, que foi sequestrado e morto pela ditadura militar na década de 1970. Uma das principais reivindicações do evento é a construção de um centro de memória em homenagem a Rubens e a outras pessoas que também foram vítimas do regime militar.
O ato acontece em frente ao quartel da Polícia do Exército na Tijuca e reúne dezenas de pessoas, muitas das quais foram presas, torturadas ou tiveram parentes que sofreram na época da ditadura militar. Este quartel abrigava o antigo DOI-Codi, um dos principais órgãos de repressão e tortura aos opositores do regime.
Rubens Paiva foi trazido para este quartel no dia 20 de janeiro de 1971, e seu corpo nunca foi localizado. Em frente ao quartel, foi inaugurado, há dez anos, um busto em homenagem ao político. A esposa de Rubens, Eunice Paiva, e sua filha Eliana também estiveram presas neste mesmo quartel, que recebeu centenas de opositores ao regime militar.
Os manifestantes pedem que o imóvel se transforme em um museu da memória dedicado às vítimas da ditadura militar. O Ministério Público Federal já encaminhou um pedido de tombamento do imóvel, e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) afirmou em nota que o assunto é prioridade para este ano e que está tentando agendar uma visita técnica ao quartel com o Exército.
Procuramos o Exército, que informou que não irá se manifestar sobre o assunto.
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