Uma pesquisa aponta que, de cada 100 cigarros apreendidos em Minas Gerais, 38 são ilegais. Além do prejuízo econômico causado pela sonegação de impostos e pela concorrência desleal, há também o impacto ambiental. Uma lei determina a destruição desse material, e a incineração dos cigarros, que contêm mais de cinco mil substâncias tóxicas, também contribui para o aquecimento global e suas consequências trágicas, como eventos climáticos extremos.
Um estudo liderado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Montes Claros, busca alternativas para reaproveitar esse material. A pesquisa avança na geração de três produtos por meio da queima dos cigarros: biocarvão, licor pirolenhoso e gases não condensados.
A primeira fase do estudo busca encontrar a taxa de aquecimento e a temperatura ideal para a produção desses insumos. O biocarvão, por exemplo, pode ser usado na produção de adubo organomineral e também na despoluição de águas. O licor pirolenhoso pode ser usado na indústria de alimentos e na área química, onde pode ser aplicado como fungicida. Já os gases não condensáveis, por serem inflamáveis, podem ser aproveitados para geração de energia térmica.
A pesquisa deve ser concluída até o final do próximo ano.
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