Três policiais militares de São Paulo se tornaram réus por dois homicídios cometidos durante a operação Verão. Ao todo, 56 pessoas foram mortas nessa operação, realizada na Baixada Santista entre o fim de 2023 e abril de 2024.
A força-tarefa do Ministério Público apresentou as denúncias em dezembro do ano ado. Em uma delas, um major da PM foi acusado de homicídio qualificado, após a versão de que a vítima portava uma arma de fogo ter sido descartada pelo Ministério Público.
No outro caso, um capitão e um cabo da PM foram denunciados por homicídio duplamente qualificado. Segundo as investigações, houve alteração da cena do crime e obstrução das câmeras, o que impediu a gravação da ocorrência.
Uma das vítimas, Hildebrando Simão Neto, segundo um laudo médico apresentado pela família, era cego e não tinha a capacidade de manusear uma arma de fogo. O processo mostra que Hildebrando não possuía precisão visual suficiente para atividades como disparar uma arma e foi alvejado sem saber o que acontecia.
Os acusados também atiraram contra Davi Gonçalves Júnior. De acordo com o processo, Hildebrando foi morto porque foi confundido com o assassino de um policial da ROTA, enquanto Davi foi executado por ter testemunhado o crime. A investigação aponta que os policiais forjaram um confronto e plantaram armas na cena para encobrir o que teria sido um acerto de contas.
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