Em relação à nova taxa de 25% sobre a importação de aço e alumínio, o governo brasileiro aguarda o anúncio oficial de Donald Trump para se posicionar sobre a questão e decidir se haverá alguma medida de reciprocidade. O Brasil está entre os principais exportadores desses minérios para os Estados Unidos.
O anúncio era esperado para hoje, mas, até o momento, o presidente americano, Donald Trump, ainda não detalhou essa taxação de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio feitas pelos Estados Unidos. Por enquanto, no Brasil, a postura do governo é de cautela.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou hoje (10), em entrevista, que aguardará a oficialização da medida para entender seu funcionamento e como ela impactará o Brasil. Além disso, nas redes sociais, Haddad negou que o governo pretenda taxar as "Big Techs" — as grandes empresas de tecnologia americanas — como forma de retaliação.
De qualquer forma, já é possível afirmar que essa nova tarifa deve afetar o setor siderúrgico nacional, pois o Brasil está entre os maiores fornecedores de aço e alumínio para os Estados Unidos, junto com Canadá e México.
Para se ter uma ideia, o Brasil foi o segundo maior fornecedor de aço para o mercado americano, enviando cerca de quatro milhões de toneladas, segundo dados do Departamento de Comércio dos Estados Unidos. No caso do alumínio, em 2023, a indústria nacional exportou para os EUA cerca de 15% do total produzido.
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, também falou sobre o tema. Ele relembrou que, no ado, em uma situação similar, houve um acordo com os americanos:
"Vamos aguardar, porque acreditamos muito no diálogo. Isso já aconteceu antes, mas foram estabelecidas cotas. A parceria entre Brasil e Estados Unidos é equilibrada, é uma ganha-ganha. Nós exportamos para eles, eles exportam para nós. Ganha a população. Quem tem mais competitividade, consegue colocar mais e melhor seus produtos em benefício da população".
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