Uma parceria que reúne recursos públicos e privados está incentivando muitas mulheres que têm filhos a continuarem produzindo ciência no Brasil. De acordo com a consultoria internacional Elsevier-Bori, a participação feminina vem aumentando nas publicações científicas no país.
Coordenadora do Laboratório de Imunovirologia da Universidade Federal Fluminense, Caroline Souza de Barros lidera uma pesquisa que busca medicamentos para dengue, febre Mayaro e chikungunya, doenças graves que ainda não têm tratamento.
Esse é um dos muitos trabalhos importantes produzidos por cientistas mulheres hoje no país, um número que vem aumentando. Em 20 anos, a participação feminina em publicações científicas ou de 38% (2002) para 48% (2022). No entanto, essa parcela tende a diminuir quando a carreira avança e quando as cientistas se tornam mães.
Foi justamente para dar mais oportunidades acadêmicas para mães cientistas que a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), junto com o Instituto Serrapilheira e o movimento Parent in Science, abriu uma seleção de projetos voltada exclusivamente para elas. Foram escolhidos 98 trabalhos que vão receber, no total, um financiamento de R$ 6,2 milhões.
Caroline, além de pesquisadora, é mãe de Juliana, de 23 anos, e Paula, de 7 anos, e foi uma das selecionadas no edital. Ela conta que precisou de muita organização e foco ao longo da carreira por conta da maternidade e diz que chances como essa fazem muita diferença.
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