Um levantamento feito pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), mostrou que 60% da população brasileira tem uma avaliação negativa quando o assunto é aposta esportiva online.
Foram ouvidas duas mil pessoas em várias regiões do Brasil. Dessas, 40% disseram que jogam ou conhecem algum familiar ou pessoa próxima que faz apostas esportivas online, ou "bets". Entre essas que declararam fazer apostas, 45% disseram ter a qualidade de vida afetada pelos jogos. Além disso, 41% assumiram que o valor separado para esses jogos causou impacto negativo em compromissos financeiros.
Cerca de 37% foram afetados na compra de comida, e outros 36% no pagamento de contas. Vinte e quatro por cento desses apostadores disseram fazer apostas todos os dias, enquanto 52% afirmaram jogar entre uma e seis vezes por semana.
“A população tem uma renda baixa, não tá sabendo gastar esse dinheiro, está se endividando. Quanto mais ela se endivida, mais há desagregação familiar. Quanto mais ela se endivida, menos consumo existe e menos bem-estar social para aquela família existe. Aí, de repente, ainda surge uma história chamada posta, né? É online, que pega o telefone e joga lá onde tem que jogar, para as pessoas continuarem, perdendo mais dinheiro. Então, na realidade, o que a gente tá defendendo aqui é uma política pública nacional de educação financeira”, explica Marcelo Garcia, especialista da Confederação Nacional de Instituições Financeiras (CNF) e que participou da pesquisa.
O importante é que as famílias e os próprios apostadores procurem ajuda, porque não conseguir parar de jogar é um vício.
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Assista ao episódio Jogada de risco - as apostas online no Brasil, uma produção do Caminhos da Reportagem.
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