Filhos de vítimas de hanseníase, que foram separados dos pais de forma compulsória, terão direito a receber uma pensão especial do Estado. A regulamentação da lei foi assinada nesta terça-feira (17) pelo presidente Lula.
Desde 2007, pacientes que haviam sido internados em hospitais-colônia têm direito ao benefício. Agora, a pensão também será paga àqueles que ficaram em isolamento domiciliar ou em seringais, e aos filhos que foram ou privados de liberdade, ou separados de ao menos um dos pais.
Para o governo, além da transferência de renda, a inclusão de mais beneficiários promove dignidade e memória para as vítimas que sofreram internação compulsória. A partir da década de 1920, o Estado brasileiro promoveu uma política sanitária que obrigava pessoas com suspeita de hanseníase a ficarem isoladas. Os filhos eram retirados dos pais, e muitos foram adotados ilegalmente por outras famílias.
A política foi oficialmente abolida em 1962, mas, na prática, sobreviveu até 1986. Os danos psicológicos, sociais e morais, porém, persistem até hoje.
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