O júri popular dos três policiais rodoviários federais acusados de asfixiar Genivaldo Santos entra no 10º e, provavelmente, último dia, nesta sexta-feira (6). Após os debates entre defesa e acusação, a decisão do júri é aguardada para qualquer momento. Paulo Rodolpho Lima Nascimento, Kleber Nascimento Freitas e William de Barros Noia, respondem pelos crimes de tortura e homicídio triplamente qualificado.
O caso aconteceu em 25 de maio de 2022, na BR-101, na cidade de Umbaúba, cerca de 70 km da capital sergipana. Ele morreu durante uma abordagem policial violenta e cruel por estar sem capacete. Os agentes prenderam Genivaldo no porta-malas de uma viatura e o submeteram à inalação de gás lacrimogêneo disparado pelos próprios policiais. O episódio ganhou repercussão internacional. Genivaldo de Jesus, de 38 anos, era mototaxista e deixou um filho, hoje com 9 anos.
De acordo com a perícia e vídeos registrados por pessoas que avam pelo local e acompanharam o ocorrido, a ação durou 11 minutos e 7 segundos. Segundo o laudo médico, Genivaldo chegou ao hospital já sem vida. A causa da morte foi asfixia.
Durante os 10 dias de julgamento no Tribunal do Júri, foram ouvidas 30 testemunhas, incluindo a mãe de Genivaldo, dona Maria Vicente, além de peritos técnicos, como um químico especialista em gás, ex-funcionário da empresa fabricante da bomba utilizada no dia do ocorrido.
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