Cerca de 158 mil clientes continuam sem energia elétrica na Grande São Paulo, segundo o balanço da própria Enel, responsável pelo fornecimento. A concessionária afirma que vai cumprir o prazo dado pelo Governo Federal de três dias para restabelecer totalmente a energia elétrica. Esse prazo terminaria, então, na quinta-feira (17), praticamente uma semana — o mesmo tempo que a Enel levou para restabelecer totalmente a energia em novembro do ano ado, quando mais de um milhão de imóveis ficaram sem energia, também por conta de um temporal, um evento marcante na história da concessão.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) diz que vai intimar formalmente a Enel sobre a possibilidade de rompimento do contrato de concessão. Segundo a Aneel, se for constatada falha grave ou negligência na prestação do serviço, o contrato pode ser rompido.
A Prefeitura também ingressou hoje com uma ação pedindo multa diária para a Enel, e o Procon de São Paulo deu um prazo de 48 horas, que termina amanhã, para que a Enel explique as providências que vem tomando.
Ainda segundo o Procon, em novembro do ano ado, a Enel se comprometeu com um plano de contingência que nitidamente não foi apresentado até agora. Além disso, o Procon afirma que eventos climáticos extremos não justificam a demora no restabelecimento de energia. Segundo a instituição, a Enel está sujeita a uma multa máxima de R$ 13 milhões.
Processo 2jd1r
A associação de bares e restaurantes de São Paulo vai ingressar com uma ação contra a Enel, pedindo danos morais e financeiros. Cada estabelecimento está pedindo cerca de 70 mil entre esses dois danos. Metade dos estabelecimentos filiados, cerca de 155, tiveram um prejuízo estimado em R$ 1 bilhão.
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