O Brasil já registrou 145 mil focos de incêndio em 2024. Só nesta quinta-feira (5), foram 5.724, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O cenário chama a atenção para uma estiagem que pode ser uma das mais severas da história.
Agosto já foi assustador: quase 70 mil focos de incêndios florestais, 144% a mais do que em agosto do ano ado. Setembro chegou e parece que não vai dar alívio. Em apenas cinco dias, já são quase 18 mil focos identificados pelos satélites de referência do Inpe. A maior parte das queimadas começa pela mão do homem e, com a ajuda do calor, seca e vento forte, acaba se espalhando rapidamente.
No país, 75 cidades já contabilizam a marca de 100 dias sem uma gota de chuva. Com isso, 18 estados entraram para a lista de alerta do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A situação fica mais grave no centro do Brasil, onde 921 municípios têm umidade do ar menor que 12%. O resultado dessa combinação de calor, umidade baixa e fogo é o aumento do risco de novos focos, em um ciclo que só a chuva pode interromper.
Enquanto isso não acontece, os bombeiros e brigadistas seguem lutando nas áreas de mata. Ainda falando em números, a onda de calor no Brasil fez os termômetros subirem pelo menos 5ºC em mais de 1.200 cidades das regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste.
Para aliviar o mal-estar e evitar maiores riscos à saúde, a principal recomendação é beber bastante água, evitar exposição ao sol e atividades físicas ao ar livre. Essas medidas são importantes para evitar a desidratação. Além disso, vale a pena usar hidratante na pele, soro fisiológico no nariz e umidificar o ambiente.
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