Uma ONG que atua no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, divulgou, nesta quinta-feira (29) um estudo que aponta falta de vagas no ensino médio e nas creches da região. Além disso, a ONG pede mudanças nas operações policiais no local para que os estudantes não sofram com a falta de aulas.
A rede de ensino tem sido especialmente afetada nos últimos dias, no Complexo de Favelas da Maré. O principal motivo é a operação da prefeitura, com apoio da polícia, para demolir prédios supostamente construídos pelo tráfico de drogas, como forma de lavar dinheiro.
Hoje faz 11 dias que operações policiais afetam a vida dos moradores da Maré, principalmente as escolas. Além disso, um relatório da Redes da Maré aponta que a estrutura de educação está aquém do ideal.
Segundo o relatório, são 41 mil crianças e adolescentes que vivem em 15 favelas do complexo. Existem 49 escolas públicas, sendo 45 municipais e 4 estaduais, onde estudam quase 20 mil estudantes. Para a ONG, é necessário aumentar o número de vagas em creches e ampliar o número de escolas de ensino médio. Além disso, repensar um plano de segurança pública para a área.
A Secretaria Estadual de Educação informou em nota que não faltam vagas nas escolas da Maré. Já a prefeitura afirmou que criou mais de 24 mil vagas nas creches da cidade nos últimos três anos, mas itiu que na região da Salsa e Merengue, que fica na Maré, 265 crianças ainda aguardam na fila.
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