Operação da Polícia Federal prende policiais militares do Distrito Federal acusados de terem sido coniventes com os atos antidemocráticos de oito de janeiro deste ano. Foram cumpridos sete mandados de prisão preventiva, além de mandados de busca e apreensão, bloqueios de bens e afastamento das funções públicas.
A operação foi deflagrada após uma denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que diz que os policiais militares do DF sabiam, com antecedência, dos atos golpistas do 8 de janeiro e que deixaram os vândalos invadirem os prédios públicos.
A denúncia da PGR afirma que os participantes dos atos de 8 de janeiro tentaram, com emprego de violência e grave ameaça, abolir o estado democrático de direito . O documento aponta ainda que a Polícia Militar soube com antecedência das intenções terroristas do movimento e que não impediu os atos por alinhamento com os manifestantes golpistas.
O texto ainda diz que havia contaminação ideológica da parte dos oficiais da polícia militar do DF, que se mostrou adepta de teorias conspiratórias sobre fraudes eleitorais e sobre fraudes golpistas. O documento mostra que desde antes do segundo turno das eleições, circulavam vídeos e áudios por aplicativos de mensagens com afirmações que Bolsonaro e o Exército brasileiro teriam preparado um golpe de estado, que demandaria, como primeiro o, um levante popular.
As mensagens de cunho golpista se intensificaram após as eleições. No dia 1º de novembro, por exemplo, um coronel enviou a outro um quadro explicativo com alternativas para interferir na sucessão presidencial. A mensagem termina chamando para uma intervenção federal, com Bolsonaro no poder.
Se for constatada a omissão, os denunciados podem responder por abolição violenta do estado democrático de direito, dano qualificado contra o patrimônio da união e violação de dever contratual.
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