O Supremo Tribunal Federal absolveu a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), a senadora Gleisi Hoffmann, e o marido dela, ex-ministro Paulo Bernardo, das acusações de corrupção e lavagem de dinheiro, em um dos processos da Operação Lava Jato.
Segundo a acusação, eles teriam recebido 1 milhão de reais em propina da Petrobras durante a campanha da senadora em 2010 em troca de uma articulação pra manter o ex-diretor Paulo Roberto Costa no cargo. Mas os cinco ministros da Segunda Turma entenderam que não havia provas concretas para justificar a condenação pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Segundo eles, somente os depoimentos tomados em delação premiada não sustentariam a punição.
O relator da ação, o ministro Edson Fachin e o revisor, Celso de Melo foram os únicos que não concordaram com a absolvição total. Eles chegaram a pedir a condenação dela pela prática de caixa dois na campanha de 2010, mas foram vencidos pela maioria que acabou liberando os réus desse processo. A Procuradoria-Geral de República ainda pode recorrer da sentença. Mas a defesa afirma que não cabe mais retorno e que pode, inclusive, servir de referência pra que outras denúncias baseadas somente em delações também sejam recusadas pelo Supremo. A senadora ainda deve ser acionada pelo STF porque tem outros três processos contra ela tramitando na Corte, todos relacionados à Lava Jato.
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