Nesta terça-feira (27/5), cinco testemunhas de defesa de Anderson Torres prestaram depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-ministro da Justiça é réu na ação penal que julga os crimes de tentativa de golpe de estado e organização criminosa, para tentar impedir a posse do presidente Lula em 2023.
As testemunhas responderam perguntas dos advogados de defesa de Anderson Torres. Ele que é acusado de utilizar a estrutura da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em blitze ilegais para impedir que eleitores de Lula chegassem aos locais de votação no segundo turno das eleições de 2022.
Nesse sentido, o depoente Djairlon Moura, diretor de operações da PRF na época, afirmou que Torres fez reuniões nesse sentido, mas direcionadas para a segurança das eleições naquele segundo turno. Ele negou que houve pedido de policiamento direcionado para atrapalhar os eleitores e disse que não tinha sinalização de que Torres apoiava o candidato Jair Bolsonaro. Falou que a ordem dada foi para colocar na rua o máximo possível do efetivo da PRF. Nesse momento, o ministro Alexandre de Moraes o interrompeu e disse que o testemunho e depoimento dele seriam analisados de forma específica. Isso porque Djairlon é investigado em um outro inquérito que trata desse mesmo assunto. E, como investigado, ele não era obrigado a falar, pois tem o direito de não se autoincriminar.
Outro depoimento de destaque foi o do ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Saulo Cunha. Ele disse que até a noite do dia 7 de janeiro de 2023 a Abin fez vários alertas sobre as manifestações golpistas, que não chegaram à Secretaria de Segurança Pública do DF. Também disse que a Abin não havia recebido, até então, informações da pasta que na época era comandada por Anderson Torres, que estava nos Estados Unidos.
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