O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta segunda-feira (26) os depoimentos de testemunhas no julgamento sobre a tentativa de golpe de estado. Nesta tarde, serão ouvidas pelo menos dez pessoas. Elas foram indicadas pela defesa do general Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante o governo de Jair Bolsonaro.
Entre eles, está o do ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que também é testemunha de defesa do general Braga Netto. As demais testemunhas são militares que faziam parte do GSI na gestão de Heleno, que é um dos réus do chamado núcleo crucial do golpe, o mesmo do qual faz parte o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Segundo a Polícia Federal, Heleno participou de ações para desacreditar o sistema eleitoral e tinha um papel de liderança na execução do plano golpista. Entre as provas estão um caderno de anotações atribuído a Heleno e falas em reunião ministerial, em julho de 2022, em que ele defende antes das eleições. Até aqui, o STF já colheu 19 depoimentos de acusação e defesa. Contando com os de hoje, estão previstos mais 56, até 2 de junho.
Ao longo desta semana serão ouvidas figuras conhecidas da política, ligadas a Bolsonaro, como o ex-ministro da Economia, Paulo Guedes; o senador Ciro Nogueira; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Os depoimentos estão sendo conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes. As testemunhas respondem perguntas do próprio ministro, do procurador-geral da República, Paulo Gonet, e dos advogados de defesa.
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