Apesar da crescente pressão internacional, Israel anunciou uma nova fase de sua ofensiva militar na Faixa de Gaza, com o objetivo de tomar três quartos do território palestino até julho. Se for efetivada, a estratégia deve forçar a população civil a se concentrar em apenas 25% da região.
Em paralelo à ofensiva, Israel começou, nesta quarta-feira (28) um novo plano de distribuição de ajuda humanitária com respaldo dos Estados Unidos. A entrega, no entanto, provocou cenas de desespero e deixou um morto e mais de 40 feridos. Após meses sem o a suprimentos, devido ao bloqueio imposto por Israel, milhares de pessoas correram para receber alimentos em um centro de distribuição, provocando cenas de caos.
De acordo com testemunhas, em determinado momento, as forças israelenses começaram a atirar para dispersar a multidão, mas algumas pessoas continuaram tentando receber os alimentos.
Segundo o Escritório de Direitos Humanos da ONU, 47 palestinos ficaram feridos, a maioria baleados. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reconheceu o que chamou de uma perda momentânea de controle no local, depois que o exército israelense disparou tiros de advertência.
A situação no enclave palestino fez ontem a Alemanha endurecer as críticas ao governo israelense. O chanceler alemão, Friedrich Merz, disse que os ataques aéreos em Gaza não podem mais ser justificados pela necessidade de combater o Hamas e chamou as ações de Israel de incompreensíveis. Merz acrescentou que uma linha foi ultraada e que considera haver violação do direito internacional humanitário.
A Alemanha, junto com os Estados Unidos, tem sido um dos mais firmes apoiadores de Israel. No entanto, a União Europeia está revendo sua política em relação ao governo israelense. Na semana ada, Reino Unido, França e Canadá já haviam ameaçado Israel com ações concretas caso o país não interrompa sua ofensiva em Gaza.
Em Tel Aviv, manifestantes se reuniram em uma praia para marcar os 600 dias da guerra em Gaza e pedir o retorno dos reféns.
Hoje pela manhã, o governo de Israel anunciou que matou o líder do Hamas na Faixa de Gaza, Mohammed Sinwar, que havia assumido o lugar de seu irmão, Yahya Sinwar, falecido em outubro do ano ado.
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