Três ex-ministros do governo de Jair Bolsonaro prestaram depoimento na manhã desta quinta-feira (29) ao Supremo Tribunal Federal (STF). Eles são testemunhas de defesa do também ex-ministro Anderson Torres, no julgamento do núcleo crucial da tentativa de golpe de estado.
Os três ex-ministros ouvidos foram Adolfo Sachsida, de Minas e Energia; Bruno Bianco, ex-advogado-geral da União; e Wagner Rosário, da Controladoria Geral da União (CGU). O ex-ministro da Economia Paulo Guedes estava previsto para prestar depoimento, mas ele foi dispensado pela própria defesa dos advogados de defesa de Anderson Torres.
Alguns ex-ministros confirmaram que na reunião de 5 de julho de 2022, aquela gravada e encontrada nos arquivos de Mauro Cid, foi sim tratada de uma suposta fragilidade do sistema eleitoral.
É preciso lembrar que segundo a Polícia Federal, nessa reunião, Bolsonaro coagiu os ministros a disseminarem notícias falsas sobre as urnas eletrônicas. Mas todos os ex-ministros negaram que nessa e em outras reuniões ministeriais houve alguma discussão sobre uma ruptura institucional.
Bruno Bianco itiu que Bolsonaro perguntou a ele, depois das eleições, se ele vislumbrava algum problema sobre as eleições que pudesse ser utilizado para questionar o resultado das urnas. O ex-AGU disse que o pleito havia sido correto e legal e, segundo Bianco, Bolsonaro se deu satisfeito com a resposta. Bianco também confirmou que os comandantes das Forças Armadas e também o então ministro da Defesa estavam presentes naquele momento.
Além disso, Alexandre de Moraes decidiu intimar nesta quinta-feira (29) uma testemunha que faltou à audiência ontem. Trata-se do general Gustavo Henrique Dutra, que era o comandante militar do Planalto no dia 8 de janeiro. A audiência, o testemunho foi remarcado para a próxima segunda-feira (2), às 15h.
Nessa quarta-feira (28), o Supremo ouviu duas testemunhas de defesa de Anderson Torres. Veja os detalhes na reportagem.
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