Nas últimas semanas, alguns casos de racismo ganharam repercussão na cidade de São Paulo. Em um shopping, dois estudantes foram abordados de forma inadequada pelos seguranças do estabelecimento. E, infelizmente, não são situações isoladas, né?
A pedido da TV Brasil, o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania fez um levantamento dos casos de racismo contra crianças e adolescentes no Disque 100. Em relação às violações — quando a situação é avaliada e encaminhada para providências — foram 1.742 violações em 2025. Crescimento de praticamente 35% em relação a 2024.
A equipe da TV Brasil também conversou com a mãe de uma aluna negra do Colégio Mackenzie, que relata que, no último ano, a filha foi alvo constante de bullying e racismo por parte dos colegas. Na semana ada, ela foi encontrada no banheiro da escola com um saco plástico na cabeça e um filme enrolado no pescoço. A estudante relata não ter recebido apoio do colégio para lidar com a situação.
“Minha filha vem relatando racismo, bullying, desde o ano ado, maio de 2024. E eu mandando e-mail pra escola, relatando o que tava ando. Ela tava sendo xingada de ‘cigarro queimado’, perguntavam se a avó dela era africana”, conta a mãe Fernanda Aparecido Mariano.
Ela também diz o que espera da instituição após o ocorrido. “Que aquela escola tenha letramento racial naquele colégio? Eu quero que a escola coloque profissionais negros. Não tem nenhum professor negro, não tem um coordenador. A cada... tem várias salas de aula lá, e só tem um aluno negro em cada sala. Ponha mais aluno negro naquele. Ponha mais profissionais negros, e que tenham letramento racial: aulas, grupo de conversa… é isso que eu espero do colégio.”
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