Um país um pouco menos desigual. É o que revela a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quinta-feira (8). Em 2024, o índice Gini — que mede a distribuição de renda em um grupo de pessoas — ficou em 0,506, bem menor que em 2012, quando começou a ser medido (0,540). O indicador varia de 0 a 1: quanto mais próximo de zero, menor a desigualdade.
Em relação ao ano anterior, a concentração de renda apresentou queda em todas as regiões do Brasil, com exceção da Sul, que ou por uma tragédia climática. A maior variação negativa ocorreu na região Sudeste.
A desigualdade diminuiu, mas ainda persiste. Comparando pessoas em diferentes faixas de renda, os 10% mais ricos da população recebiam, em média, em 2024, R$ 8 mil — mais de 13 vezes o rendimento dos 40% da população com renda média de R$ 600. Quando consideramos 1% da população mais rica, com renda média acima de R$ 21 mil, esse grupo recebia cerca de 36 vezes o valor da renda dos 40% mais pobres.
Descontada a inflação, o rendimento médio real dos brasileiros aumentou: chegou a R$ 3.057 em 2024, o maior valor registrado desde 2012. Esses rendimentos vêm não só do trabalho, mas também de programas sociais, aposentadoria, pensões ou outras fontes, como aluguéis e aplicações financeiras.
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