A Aliança Nacional LGBTI+ entrevistou 1.170 estudantes de todo o Brasil, a partir de 16 anos de idade, tanto do ensino regular quanto da Educação de Jovens e Adultos. E mais de 90% deles relataram ter sofrido agressões verbais dentro de sala de aula.
Cerca de 34% desses alunos também foram vítimas de violência física — número que aumenta em 4 pontos percentuais quando as vítimas são pessoas negras, trans e travestis.
Outro dado preocupante é em relação aos agressores. 97% das agressões físicas e verbais foram cometidas por estudantes. Mas os professores foram citados como os que praticaram ou participaram da prática de bullying em 34% das situações.
Tanta violência não só gera insegurança nos alunos, como também impacta no desempenho. Além disso, o risco de evasão escolar é grande. Enquanto 2% dos estudantes LGBT cisgêneros já pensaram em abandonar a escola, entre os alunos negros, esse número aumenta muito: para 50%. E entre as pessoas trans, chega a 58%.
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