O nome do estudante Edson Luiz, assassinado na ditadura militar, poderá entrar para o Livro dos Heróis e Heroínas do Estado do Rio de Janeiro. A inclusão depende da aprovação da Assembleia Legislativa do Estado, que se reúne na tarde desta quarta-feira (2) para votar um projeto apresentado pela deputada Dani Monteiro, do PSOL. Edson Luiz tinha apenas 18 anos e havia chegado ao Rio vindo do Pará dois meses antes. Ele foi morto em 28 de março de 1968, durante um protesto estudantil em um restaurante popular no centro da cidade. Esse restaurante chamava-se Calabouço e era frequentado por universitários.
Naquele dia, a polícia tinha sido chamada para dispersar a manifestação e fez vários disparos para o ar. Edson Luiz recebeu um tiro no peito, foi socorrido pelos colegas e levado para um hospital, onde chegou foi morto. Ele não pertencia a nenhum grupo político. O episódio causou comoção na cidade e no país. O velório do estudante foi marcado por atos contra a ditadura. O corpo dele foi levado por uma multidão em eata do velório no restaurante até o cemitério. Essa imagem entrou para os livros de história. A morte de Edson Luiz desencadeou uma série de atos em favor do retorno à democracia como a eata dos 100 mil Isso fortaleceu a oposição no Congresso Nacional.
Desafiado, o regime militar reagiu: em novembro de 1960, o governo decretou o Ato Institucional número 5, o AI-5, que endureceu ainda mais a ditadura. A partir de então, o presidente poderia suspender as atividades do Congresso Nacional, anular direitos políticos de cidadãos, confiscar bens. Também ficaram suspensos o instituto do Habeas Corpus e a justiça ficou impedida de julgar qualquer ato presidencial.
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