O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma na próxima semana o julgamento da ação que busca reduzir mortes em operações policiais no Rio de Janeiro. O debate ocorre enquanto a ONG Redes da Maré divulga um relatório sobre a violência policial no Complexo da Maré, conjunto de 15 favelas onde vivem cerca de 140 mil pessoas. O estudo foi antecipado para ser enviado ao STF e apresenta dados preocupantes sobre a atuação das forças de segurança na região.
Segundo o levantamento, em 2023 o Complexo da Maré registrou 42 dias de operações policiais, número seis vezes maior que em 2021, resultando em 20 mortes. Além disso, somente em 2024, 93 casas foram invadidas por policiais sem mandado judicial. A ação que volta a ser analisada no STF, a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 635 , ou ADPF das Favelas, está em vigor desde 2020 e impõe restrições às operações policiais em comunidades do Rio.
A expectativa é que o julgamento no STF defina diretrizes mais rígidas para a atuação da polícia em áreas de favela, buscando reduzir a letalidade e os abusos cometidos durante as incursões. O relatório da Redes da Maré reforça a urgência de medidas para conter a violência e garantir a segurança dos moradores.
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