Apesar do Oscar de melhor filme internacional de Ainda Estou Aqui, nem tudo são flores para os profissionais do audiovisual e fãs da cinematografia nacional.
A grande maioria das cidades brasileiras não tem um cinema, e a produção ainda é concentrada e pouco diversificada, se comparada com países como os Estados Unidos ou a Índia.
Em 2024, as salas de cinema brasileiras exibiram 785 filmes, mas apenas 313 produções nacionais. No quantitativo de sessões, mais de 84% eram de produções estrangeiras e cerca de 15% de filmes brasileiros.
Os longa-metragens produzidos no Brasil que mais atraíram o público foram Ainda Estou Aqui, Os Farofeiros 2, Minha Irmã e Eu e O Auto da Compadecida 2.
Hoje, as salas de cinema são 3.509, um recorde que supera os números de antes da pandemia. Mas esses espaços ainda não são íveis para muitos brasileiros. Apenas 9% dos municípios do país têm uma sala de cinema.
Os incentivos para produções brasileiras ainda não chegam a todas as cidades brasileiras. A consequência é a concentração do mercado cinematográfico nacional, num perfil de realizadores ainda longe do ideal.
Segundo o Grupo de Estudos Multidisciplinares de Ação Afirmativa da UERJ, há uma profunda dependência de fomento público e o predomínio de homens brancos como realizadores de filmes com bom desempenho de bilheteira.
No estúdio, o crítico de cinema Rodrigo Fonseca comenta sobre o cenário do cinema brasileiro a partir da premiação de Ainda Estou Aqui.
Histórico: Brasil recebe seu primeiro Oscar com Ainda Estou Aqui
kc1h
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