Os houthis, grupo rebelde apoiado pelo Irã e que controla parte do Iêmen, disseram que vão atingir todos os navios de guerra americanos no Mar Vermelho em retaliação aos ataques dos Estados Unidos contra o grupo no fim de semana. Os rebeldes afirmaram que os ataques aéreos dos Estados Unidos foram uma agressão flagrante e ameaçaram aumentar a retaliação caso os bombardeios continuem.
"Agora, enfrentaremos escalada com escalada. Responderemos ao inimigo americano em seus ataques com ataques de mísseis, mirando seus porta-aviões, seus navios de guerra, seus navios", disse o líder do grupo rebelde, que controla o noroeste do Iêmen.
Em resposta aos ataques, os houthis afirmaram ter atacado porta-aviões americanos e um navio de guerra no Mar Vermelho com mísseis balísticos e drones. No último sábado, os Estados Unidos lançaram uma grande operação militar contra os houthis, deixando mais de 30 mortos. A investida foi ordenada pelo presidente Donald Trump em reação a um anúncio do grupo, no início da semana ada, de que voltariam a atacar navios que trafegam pelo Mar Vermelho, uma das principais rotas do comércio marítimo global. Segundo a Casa Branca, a operação militar contra o grupo pode continuar por semanas.
Desde novembro de 2023, os houthis lançaram mais de 100 ataques contra navios no Mar Vermelho, afirmando agirem em solidariedade aos palestinos em Gaza. Os ataques prejudicaram o comércio marítimo global, forçando empresas a fazerem custosos e demorados desvios de rota.
O grupo, assim como o Hamas e o Hezbollah no Líbano, é aliado do Irã. Ao anunciar o ataque americano, Trump enviou um recado a Teerã, exigindo que pare de apoiar o grupo. E alertou que, caso o Irã continue a ameaçar os Estados Unidos, "a América os responsabilizará totalmente e não será gentil quanto a isso".
Em resposta à fala de Trump, o Irã lembrou que os houthis tomam suas próprias decisões e alertou que responderá de forma decisiva e destrutiva caso as ameaças continuem.
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