O Estado brasileiro vai pedir desculpas formais à sociedade e aos familiares dos desaparecidos políticos da ditadura militar pela negligência, no período de 1990 a 2014, na identificação das ossadas encontradas na vala clandestina de Perus, localizada no cemitério Dom Bosco, na zona norte da capital paulista. Já aram mais de 30 anos e ainda não foram identificados os restos mortais.
O local foi encontrado em 1990, cinco anos após o fim da ditadura militar. Estavam ali mais de mil ossadas. Dessas, apenas cinco foram identificadas como sendo de militantes políticos, vítimas da repressão do regime militar. Mas as investigações apontam que também eram enterradas ali pessoas assassinadas pelos esquadrões da morte.
Depois da descoberta, as ossadas aram anos armazenadas de forma precária em diferentes locais, até serem levadas para o Centro de Antropologia e Arqueologia Forense da Universidade Federal de São Paulo a partir de 2014, que trabalha na identificação das vítimas.
Pela demora em fazer a identificação dos restos mortais, nesta segunda-feira (24/3) o Estado brasileiro pediu oficialmente desculpas, em uma cerimônia conduzida pela ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo.
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